‘A mãe sempre nos disse que ele era oito, ou oitenta. Ou muito amorzinho, ou muito agressivo’, contou uma vizinha da família. Adolescente vivia com a família desde 2014, quando foi adotado pelo casal.
Vizinhos e familiares do adolescente de 16 anos apreendido pela morte dos adotivos, na noite desta quinta-feira (23), disseram que os pais do menino sempre foram extremamente amorosos.
“Os pais eram pessoas maravilhosas. Ele era um pouco agressivo, mas não imaginava que poderia fazer isso. Não sei nem o que dizer”, diz irmão de 19 anos, que foi adotado por outra família quando ainda era criança.
Segundo um vizinho da família, o rapaz faz uso de medicação. “Era bem agressivo, tomava medicamentos para agressividade.
A mãe sempre nos disse que ele era oito, ou oitenta. Ou muito amorzinho, ou muito agressivo. Ele brincava com todo mundo, frequentava a minha casa porque era amigo do meu filho”, disse uma confeiteira de 30 anos.
Ainda de acordo com amigos, os pais colocaram o adolescente para fazer jiu-jítsu para tentar “canalizar a energia” do menino. No entanto, ele teria ficado ainda mais agressivo.
Segundo outro morador, o menino sempre ia à igreja com os pais e lá parecia ser uma pessoa tranquila. “Lógico que não temos a convivência direto com eles dentro de casa, mas na igreja era um garoto maravilhoso e não demonstrava agressividade. Via ele como um adolescente comum. Essa tragédia é inexplicável”.
O casal tinha apenas o adolescente como filho e foi morto a marteladas após uma discussão. De acordo com a polícia, foi o próprio adolescente que ligou para a PM e para os bombeiros.
Vizinhos contam que a mãe do adolescente era bem caseira e trabalhava como designer gráfico. “Ela sempre saia para passear com os cachorros e para a igreja. Uma pessoa amorosa, assim como o pai dele”, disse um vizinho.
Deu marteladas e saiu para lanchar
Segundo os agentes, no local o menor admitiu que matou os pais com golpes de martelo, saiu de casa para lanchar com um amigo e, quando voltou, e ateou fogo ao quarto em que os pais estavam no 2º andar da residência.
De acordo com relado do menor para a polícia, um dos motivos da briga é que os pais não queriam que o jovem faltasse à escola para poder descansar para uma aula de jiu-jítsu.
O menino vivia com a família desde 2014, quando foi adotado. Ele é o irmão mais novo de um casal que teve quatro filhos. Cada criança foi adotada por uma família diferente.