Jhonatan Vinícius dos Santos Junqueira, de 25 anos, que é barman e trabalha no Hospital Municipal de Belford Roxo, foi visto pela última vez na manhã de terça-feira (11), em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Polícia investiga sumiço.
Há quatro dias parentes do técnico em radiologia Jhonatan Vinicius dos Santos Junqueira, de 25 anos, peregrinam por casas de amigos, hospitais, delegacias e até em IMLs em busca do paradeiro do rapaz, que sumiu na última terça-feira (11).
Na última vez que foi visto, ele embarcou em um carro de aplicativo, no bairro Jardim Meriti, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Segundo parentes, ele saiu de casa para um trabalho de freelancer como barman e desde então não foi mais visto.
Após denunciar o desaparecimento do jovem, familiares passaram a receber trotes pedindo dinheiro para uma suposta liberação. Em um dos pedidos, os criminosos exigiram R$ 10 mil pela suposta liberação.
A Polícia Civil apurar as circunstâncias do sumido de Jhonatan.
Nem, como é conhecido, trabalha no Hospital Municipal de Belford Roxo, também na Baixada, e atua como barman em eventos durante as folgas. Os familiares tiveram acesso às imagens de uma câmera de segurança da Rua Joana Kalil, onde ele embarcou.
Nela, é possível ver o jovem entrando em um Fiat Grand Siena branco, por volta das 10h50 (vídeo acima). Nas imagens não é possível ver a placa. Ele disse a família que estava saindo para trabalhar. No entanto, não disse onde seria.
“Pensamos que ele estivesse no freela e que depois iria direto para o trabalho lá no Hospital Municipal de Belford Roxo. Já que na quarta (12), era plantão dele no hospital. Ele trabalha lá há quatro anos e nunca faltou. Quando deu 9h, o supervisor me ligou perguntando se tinha acontecido alguma coisa com ele. Fui à casa onde ele mora com o pai e os avós, que fica a poucos metros de onde moro, e demos conta de que ele tinha sumido”, conta a técnica de enfermagem Adriana Marinho dos Santos, de 48, mãe de Jhonatan.
A mãe do rapaz conta que após o desaparecimento, as redes sociais de Jhonatan Vinicius foram desativadas e o celular desabilitado. A última visualização do aplicativo de mensagens é datada do dia do desaparecimento, às 12h.
“Tem sido muito sacrificante e doloroso. Eu fui à loja da operadora do chip dele para tentar resgatar o número. Mas, me disseram que, como ele é maior de idade, só ele pode pegar um novo chip e as informações só poderiam ser passadas através de uma ordem judicial”. afirmou a Adriana, que destacou:
“Eu tenho um coágulo na cabeça, já fiz duas cirurgias e tenho mais outras sete pela frente. Até agora, não temos nenhuma notícia, ninguém sabe nada. O policial que fez a ocorrência disse que eu tenho que esperar. Como esperar? O meu filho está sumido. Não sabemos se ele foi sequestrado, o que realmente aconteceu! Só espero que apareça alguém com alguma notícia dele para achar meu filho, porque eu o quero de volta”.
Nos últimos dias, após divulgas informações sobre o desaparecimento do filho, segundo Adriana, ela recebeu dezenas de ligações. Muitas delas trotes e ameaças.
“Já recebi vários trotes e ameaças. Estão ligando e pedindo dinheiro em troca de informações. Mas, como eu trabalho em um hospital que fica em área de risco, a gente sabe como agir em algumas situações. Eles falam que estão com ele, pedem dinheiro. Já pediram R$ 5 mil, R$ 10 mil pra liberarem meu filho. Dizem que ele deve um alto valor para o tráfico. Mas, quando eu falo que o telefone está grampeado pela polícia, eles desligam”.
De acordo com a mãe de Jhonatan, uma amiga disse que ele estaria saindo com uma menina há duas semanas, mas ainda não tinha apresentado para a família. No entanto, a mãe desconhece a mulher.
“Ele é garoto. Não namora, mas fica com várias meninas. Eu não sei quem é ela e onde mora”, salientou a mãe, que completou: “Ele é um garoto bom. Não tem vícios, trabalhador e responsável. Sempre sonhou em trabalhar com radiologia. Lutou e estudou para conseguir. As vezes ele trabalhava até as 3h como barman, vinha em casa, dormia um pouco para estar as 6h no hospital”.
Em nota, a Polícia Civil disse que o caso foi registrado na 64ª DP (São João de Meriti) e encaminhado ao Setor de Descoberta de Paradeiros da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). De acordo com a Civil, os agentes realizam diligências para localizá-lo.